domingo, 24 de outubro de 2010

Quero-quero

Essas aves gostam de avisar que estão por perto com sua voz estridente. Temos um cão (Dauschund) chamado Cacau que não os deixa fazer ninho na propriedade, mas isso não impede que eles sejam nossos 'amigos'.  Hoje eles alimentam-se junto dos patos (dentro do cercado).
Quero detalhar um pouco a experiência do filhote.  Muito difícil de ser presenciado já que é um mestre em camuflagem. 
O ninho dos quero-quero fica ao chão. Esse é o primeiro ponto enigmático; por que não em uma árvore ?
Quando ameaçados, a fêmea sai do ninho e com o macho ficam cerca de 3 a 4 metros longe, tentando enganar quem queira chegar até os ovos.  Porém, ao observá-los bastante, deduz-se mais ou menos onde está e pode-se sair à procura, evidentemente bem protegido, pois é a hora do ataque aéreo.  Vc pode ver num post antigo e aqui segue um detalhe, eles tem um esporão na asa.
É um verdadeiro ataque.  Há quem já foi atingido e creio que deve doer muito. Assim dou uma dica.  Coloque algo acima da cabeça, como uma vassoura ou um galho, o que for melhor.  Ele fica neutralizado, mas não baixe a 'guarda' pois ele pode surpreender.  Os dois atacam juntos; é uma aventura tirar umas fotos do filhote.  Faltava eles lançarem umas 'granadas' lá de cima, se é que vc me entende...

Relembrando segue o ninho:
agora vejam ela sentada sobre os ovos:

Quando o(s) filhote nasce, aí eles ficam mais protetores do que antes. Usam táticas para despistar quem quer localizar a cria.  Voam para um outro lugar e  quando vc chega lá eles te atacam como se estivesse realmente oferecendo perigo, mas na verdade estão te levando para longe do ponto.
Descoberta a trapaça, conseguimos identificar, pelo menos um. Uma graça. Quando vc se aproxima, os pais avisam e ele se enfia na grama ficamdo muito bem camuflado.  Acho que foi com ele que os militares aprenderam e desenvolveram aquela roupa esverdeda/acizentada.  Aqui vc ve com certa facilidade, mas no campo é muito difícil.
Assim creio que pude tornar um pouco mais conhecida a história dessa ave que pelo menos aqui no Brasil, está tornando-se bastante urbana.  Encerro com um olhar muito carinhoso.

Bem que ele podia ter um canto mais melodioso....

2 comentários:

Anônimo disse...

Estou sendo atacados por estas aves no meu trabalho, ja faz certca de um mes.
E elas so aparence quando eu chego no trabalho.

Luiz Carlos Catossi disse...

Normalmente as empresas mantêm a grama baixa em seus jardins. Esse é o ambiente que eles procuram para fazerem seus ninhos... A partir do momento em que a fêmea põe os ovos, começa o tormento... Se os ovos forem quebrados, eles vão embora depois de um tempo. Se o processo continuar.... aí sim a coisa vai ser incômoda, até o filhote poder voar.