sábado, 2 de outubro de 2010

Patos domésticos II - Instalações

No início valia tudo.  Foi caixa de geladeira (parte interna de lata), pedaços de telha amianto 4mm, casa de cão (essa ainda está, pois dentro dela tem uma choca), teto com restos de forro de madeira, etc.
Os mais antigos diziam que o pato gosta de ambientes próximos ao chão e assim estamos dirigindo as novas idéias.  É um pouco ruim para o manuseio, pois temos que nos agachar.
Pensando nesse desconforto do funcionário, penso em fazer os próximos ninhos com a frente mais alta ou algo articulável; vamos ver.
O material reutilizável tem a vantagem de um custo baixo, próximo de zero, mas tem muitos inconvenientes.  Talvez se eu tivesse Bambu na propriedade, poderia ser um material.   Trouxe um pouco do norte do Paraná, daquele bambu grosso (cerca de 12cm de diâmetro) e estou usando para cochos.
Creio que o bambu serve para quase toda a instalação, desde cerca, portão, paredes, tetos, ninhos.

Esse sombreiro, por exemplo, seria muito fácil sua construção já que ele (bambu) é leve.  Eu fiz com madeira branca, daquela que apodrece com mais facilidade.  Gostei do formato dessa construção e comporta muitas aves debaixo dela quando o sol está muito forte.  Os patos precisam de sombra.  Quando há sol, em determinado hora do dia, vc não encontra pato fora de uma sombra.
Aqui dá para ter una pequena idéia da maternidade em dois ambientes (tem um terceiro).  Toda a área (inclusive as internas) é cercada com tela miúda na altura de 1m.  Isso foi suficiente.  Só tivemos caso de patas que voaram para fora, mas já pela manhã, no horário do alimento, ela estava próxima da cerca esperando para entrar.  Aquela que se comportasse dessa forma, tinha as penas de uma das asas cortada.  Vi em algum lugar (sobre galinhas) que era melhor arrancar, mas da pata não consegui.  Faz muito tempo que não ocorre esse tipo de fuga. 
Sobre a maternidade fizemos uma cruz com tela, para evitar a ção de gaviões - decisão acertada.  Eles nem tentam.  Em cada espaço tem um abrigo feito com tijolos assentados com massa 3x1 e tela miúda abaixo da telha.  A porta (removível) é de madeira fechando toda a entrada, dificultando o acesso de algum predador, principalmente à noite.  As ratazanas tem hábito noturno e foi até agora o único que apareceu.
O principal acesso dos roedores tem sido por baixo da tela.  Uma cadela nossa de porte pequeno também descobriu esse truque, enfiando o focinho por baixo da tela.
Assim, além de fixar com ferro de construção, é necessário checar todo o perímetro de forma rotineira.  Nossos cães entram no ambiente e não mexem com os patos, mas não tenho certeza se teriam o mesmo comportamento junto dos patinhos, uma vez que devem associá-los com os pássaros que caçam rotineiramente.
Creio que um incremento nessa instalação seria um piso de cimento, o que facilitaria a limpeza como  drenagem, pois poderia ter tela e sucos para permitir que a água escoe.
Escrevendo, agora, pensei em ter o abrigo mais elevando do chão, com uma rampa, o que facilitaria o processo do manuseio.
Tenho deixado os filhotes somente um dia com as mães.  Depois disso eles vão para a maternidade juntar-se com os irmãos e primos.  Elas olham de fora da maternidade até o tempo em que começam a botar.
Percebi que as mães aquecem seus filhotes, ensina-os a comer e beber, a nadar e certamnte mais alguma coisa, mas que os irmãos mais velhos já sabem.   Por isso tem dado certo.
As mães são meio 'estabanadas' e pisam em suas crias, deixam-nas largadas no meio dos outros adultos que bicam os pequeninos e por aí afora. Largados.  Poucas mães cuidam com esmero.
No início, pensando na questão do frio, deixava a mãe na maternidade com os filhotes, mas quando nascem muitos, aí complicou já que há espaço para somente três.   Chegamos a ter mais de 50 filhotes.
A Imcubadeira já foi cogitada e está em stand by.  Parece ser uma boa estratégia, já que perdemos muitos ovos.   Porém vai requerer mais cuidado, mas tempo nosso.
O cocho não pode ser muito alto.  Tive que colocar uma madeira fazendo um degrau ao lado o que facilitou o acesso das avezinhas.  Tenho servido farelo de trigo com quirela bem moída (quase um fubá).   Como eles ficam fechados, precisam de verde constantemente e devoram tudo o que for colocado, principalmente aquilo que eles estão habituados.  Aqui é couve, alface, serralha, espinafre, dente de leão.  Quando falta o verde, eles atacam os pés de inhame que existe onde passa a água.  Vai talo, folha, batata. Vejam pela foto seguinte os restos da vegetação ofertada.

5 comentários:

Anônimo disse...

olá,boa tarde,gostaria de obter uma informação,recentemente ofereceram-me um casal de patos e entretanto surgiu a necessidade de de cortar a ponta,de pelo menos,uma das asas, mas não sei muito bem como fazê-lo,será possivel facultar essa informação?
sem mais assunto de momento,

Silvia Henriques.

Luiz Carlos Catossi disse...

Se vc os cria em ambiente livre e/ou que exista a possibilidade de eles irem "passear", aí adota-se uma medida bastante comum nas criações caipiras de patos como de galinhas.
Algumas pessoas adotam o corte das penas grandes de uma asa, de toda a extensão e não somente da ponta. Aqui em casa adotei, depois de pesquisar a respeito, a retirada (arranquei-as) de todas as penas grandes de uma asa. Segundo um autor, é menos traumático arrancar do que o corte, além de que o corte deixa a ave muito feia, pois as penas ficam encardidas e envelhecidas ao passo que a arrancadas nascem novamente. Vc deve agir sempre analisando as suas aves para ver o comportamento. Se houver insitência na fuga, vc deve eliminar as penas grande das duas asas. Há aves que mesmo assim tentam no pulo sair do ambiente reservado a elas. Espero ter ajudado.

Sousa disse...

Boa tarde,

Eu tenho patos, galinhas e gansos. O problema é que a galinha teve 8 pintainhos e todos desapareceram.
Será que os gansos comem crias das galinhas gansos?

Luiz Carlos Catossi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luiz Carlos Catossi disse...

Sousa, nunca ouvi relato desse tipo de acontecimento. Creio ser improvável. Mais fácil vc ter algum tipo de predador, desde rato, gato, cão, gavião, ratazana, rapoza... tem muitas opções. Tenho um amigo que cria tipos de aves, juntas e livres e nunca houve algo assim. Procure observar algum sinal. Rato faz toca...