segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Orquídeas pequenas, mas tão lindas...

Se vc vai ao supermercado (market) e procura por orquídeas, o que encontra ? Normalmente as Phaleonopsis, custando cerca de R$ 25,00 (Reais) ou equivalente a US$ 5,00...  Muito comum vc encontrar uma planta dessa largada num canto da residência, morrendo.... já que os urbanos não tem idéia de como cuidá-las e afinal.... foi comprada num supermercado e assim é algo para ser consumido, depois lixo.  Estou errado em pensar assim?  
As mesmas pessoas que dão tanto valor aos cães e gatos, jogam no lixo as orquídeas que perderam suas flores, suas lindas flores.... 
Isso dá o que pensar, não ? 
Quando vc tem 18 anos e quando tem 40...  Aparecem as rugas na face...  
Cuidado, vão começar a descartar vc...... Vc já não é tão importante !!!!

Bem, vamos falar de algo diferente, agradável, algo que (acho eu) não vai parar numa gôndola de supermarket, as orquídeas mini ....  

Aqui perto de onde moro (numa terra de 3 alqueires) tem uma terra de uns 5 alqueires, onde eles não dão a mínima para a biodiversidade.   Ali, o que estiver atrapalhando, vai pro chão. Pinheiro Araucária morre quando está nascendo, pois a 'burra'  lei brasileira diz que não podemos derrrubar um 'Araucária'...  assim, é melhor matar quando é pequeno, pois quando for grande.... ( piada brasileira...)....
Dali eu trouxe um pedaço de caule (tronco da árvore), onde estava fixada uma mini. Não sabia qual era...
Pois é, depois de um ano, acho eu, veja o resultado.
Não esperava tanta beleza, uma vez que acreditava ser algumas das conhecidas, Curta aí a beleza.:





Fazendo companhia à essas belezuras, outra mini tão singela quanto (em outra árvore)


Já perguntei aqui, não apareceu ninguém p/esclarecer, se é uma orquídea, o que parece ser... confira.:

e lá no bosque tem uma terrestre...





É a primavera.... uma 'chuvarada' daquelas....

sábado, 20 de junho de 2015

Pinhão, pinheiro Araucária

Fiquei impressionado com os valores do kilo de pinhão, presente nos supermercados. Chegou à casa dos R$ 10,00 (cerca de US$ 3,00)....  e por sinal, sem qualidade.
Aqui no sul do Brasil ele é muito conhecido e parece-me muito ligado à regiões onde o clima atinge temperaturas baixas, embora eu já tenha visto árvores dele em local de clima quente.  Talvez plantados pelo ser humano.
Com o desmatamento houve uma redução de área plantada.

Em áreas rurais, não deixam ele crescer.  Se ficar adulto vc não pode cortá-lo.  Efeito colateral de uma lei impositiva.  Se tivessem educado a população não precisaria lei !  Como no Brasil, um país atrasado que é, querem resolver tudo na canetada.

Os órgãos que liberam o corte estão tão emburrecidos, que uma árvore que oferece risco à uma moradia permanece no local até que um dano aconteça ou a imprensa divulgue. Existem soluções.

Era comum vermos próximos de semáforos, pessoas vendendo pinhão. Agora tem uma 'lei' que proíbe a retirada da pinha antes de determinado prazo... Mais lei.  Logo vai ter uma lei proibindo a retirada do pinhão, pois ele poderia estar faltando na mesa dos roedores...

Mas o motivo de hoje é uma lagarta. Ela é terrível e se deixar ataca todos os pinhãos.

Aqui é comum comermos o pinhão cozido, o que não é a melhor forma, e é fácil as pessoas descobrirem que o pinhão estava estragado, com ele na boca.... éca !  Sai um caldo que só cuspindo fora... Nojento.
Assado, parece ser o melhor método. Mantém o sabor da semente e permite ser verificado antes de levá-lo à boca.  Quem gostar dá para aproveitar a proteína.
Notem na figura a seguir, um pequeno orifício por onde ela entra.  Já peguei muitas delas fora do pinhão, dentro dele, saindo.... mas entrando nunca vi. Ela o faz na surdina...
Aviso: não pense que o frio da geladeira vai inibir a lagarta... pelo contrário, ela gosta do frio.  O sol pode afastá-la mas resseca a semente.  Solução ? Comer logo ou fazer uma vistoria diária.... Enjoy !

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Palmeira, como plantar

Esse é um pequeno ensaio de como se plantar um pé de palmeira. Como é o primeiro post com essa intenção, os outros poderão evoluir.  Se possível, mande suas sugestões ou críticas p/melhorar a publicação. Desde já dou o meu 'valeu' !!!

Ganhei nesse fim de março/2015, muitas mudas de Palmeira Imperial ou Real; ainda não sei bem se tem diferença. Vou pesquisar.
Com as mudanças do clima no planeta, aqui no planalto (onde ocorrem geadas) começaram a aparecer plantas de clima quente.
Há abacateiros, cana-de-açucar, jabuticaba, café, manga, entre outros.
Por exemplo, aqui em Santa Catarina, mais especificamente no vale do Itajaí (é quase ao nível do mar), essas plantas  (palmeiras) crescem maravilhosamente bem, tanto que plantam essa palmeira real para venda do palmito, o que ela produz bem rápido.  Um palmito Jussara (nativo do litoral) leva cerca de 12 a 14 anos para produzir o palmito. Até onde eu sei, a palmeira real produz em quatro...

Primeiro procedi ao plantio com a intenção de delimitar a área, ou seja, na divisa com a rua/estrada. Assim, pude plantar em área aberta e em área coberta por árvores, podendo com o passar dos anos ver o resultado. Depois disso, plantei no gramado, no bosque, próximo de tanque d´agua...

 E plantando, senti o desejo de compartilhar com quem gosta ou quer plantar, um pouco de informação. Não entrei no mérito da qualidade do sol, correção de ph...

Quando eu plantei palmito (Jussara), eu o fiz no sistema de "lanço". Para tanto, coletei as sementes maduras (cor roxa/bordô) em uma árvore, removi a polpa em uma peneira com água e lancei na área desejada. Nem esperei secar; lancei úmida.


 as mais amarelas soltaram a polpa, enquanto as escuras ainda a conservam.

Como toda palmeira (que eu conheça...) a semente não é enterrada no solo, mas fica sobre ele. Por isso a gente 'lança' em terreno debaixo de árvores, pois ali há folhas e bastante umidade. Quando a semente sente que é a hora, ela lança uma raiz para baixo e um broto verde p/cima.  Só depois de muito tempo a semente que virou uma casca e cedeu todo o seu conteúdo para a planta, é que cai no solo.
Por que expliquei isso ? As mudas vem com a semente grudada e justamente ela é que vai dizer até onde deve ser enterrada a planta. Vamos lá:

1.

 - Veja a muda com a semente e com uma raiz muito longa que pode vir a ser um problema, portanto, corte com a unha ou objeto cortante, um pedaço da raiz mais longa, evitando menos trauma possível.
2. Essa raiz não pode ficar torta ou enrolada, pois vai prejudicar o desenvolvimento da árvore.
3.


 - Escolha o local, limpe (é melhor) e coloque a muda na cova (veja que a raiz foi seccionada). Em seguida, com a ajuda de um socador, vc vai firmar o pé da raiz...


Com o pé preso no fundo da cova, vc vai puxar levemente a muda na vertical, permitindo que aquela raiz principal fique ereta (isso é importante).
Em seguida


vc vai preenchendo a cova com terra mais estercada  e desprezando aquela terra do fundo que é menos adubada.
Uma dica: quando vc escolhe o local e começa a limpar, existe entre a terra e a vegetação, uma camada de material em decomposição. Esse material misturado com a camada superior de terra, deve ser colocado ao redor da raiz e da planta. O material verde não é bom, pois ele vai fermentar antes de se decompor...

Não esqueça que todo esse material deve ser socado, sempre puxando a planta para cima, para que as raízes estejam em íntimo contato com os nutrientes. Sem socar, as raízes ficam soltas e demorariam muito para alcançar o alimento, podendo vir a secar.




vejam que a terra bem socada, foi até o nível da semente.  A partir daí  só um material leve, pois esse é o processo que ocorre naturalmente quando a semente cai da palmeira.


 - Aqui ela já recebeu um aconchego de material fofo e a colocação de estacas demarcando o local, já que ela vai demorar (principalmente aqui cujo clima é mais p/temperado) para ter porte e aparecer. Revise e troque as estacas.


O plantio em área aberta é mais delicado. Plantei mais para testar, pois sei que o palmito não suporta o sol direto.  Depois de um porte até que vai, mas não tão miúda, num campo... Outro detalhe importante, já que o sol é direto, é a questão da água. Períodos mais prolongados sem chuva, vai exigir a rega. Plantou em área aberta, fique atento ao clima e compareça com um regador.
Aqui que tem geada, então... a coisa fica preta, ou melhor, branquinha...


 - Esse é o sol que elas gostam... bem de leve.

Espero que tenham gostado !



terça-feira, 10 de março de 2015

Água, vital para nossa existência.

Moramos (eu e filhos) numa região de manacial, chama APA do Iraí (acho que é isso). Nosso bairro chama-se Timbú, localizado no município de Campina Grande do Sul, divisa com Colombo (Paraná).
Em nossa terra existem algumas nascentes, e todas vão para um mesmo riacho que vai alimentar o rio Timbú, que por sua vez vai desaguar na represa que fica entre os municípios de Quatro Barras e Piraquara.
Para vc manter um nível de água, é importante a quantidade de chuva (índice pluviométrico), a qualidade dessa chuva (não pode ser de impacto forte, pois leva sedimento para os rios e causa erosão) que preferencialmente deve ser leve e constante, assim como deve haver cobertura vegetal, principalmente árvores que vão reter essa água, alimentando os lençóis freáticos ou aquíferos.

Ali (à margem da represa) tem um mirante, aonde é proibido entrar; não para um grupinho de pessoas especiais, moradores e trabalhadores de um hospital psiquiátrico que fica na entrada do parque.
Quem "administra" a represa é a Sanepar, onde os governantes do estado do Paraná é que mandam.
Privatizada, poderíamos pagar um ingresso para ver o local e ajudar na sua manutenção. Ao contrário disso, não podemos entrar e o local abandonado. Os malandros entram pelo mato. Só tem um vigia no portão principal, o qual conseguimos despistar facilmente, entrando por esse portão. Não deveria ser assim. Ao invés de um vigia terceirizado, poderia ter recepcionistas dando as boas vindas, distribuindo folders sobre como usar a água, etc... Poderia ter prática de esportes não poluentes e eventos.
Preocupação com poluir a água... Ora, é muito patético querer guardar a margem da represa, sendo que aqui, próximo dela, animais mortos são jogados nos ribeirões, lixo e outras coisas mais que nem sabemos.



É um belo local com uma simpática construção. Poderia ser valorizada e disponibilizada à população, ao menos para os estudantes. As trilhas poderiam ser incrementadas, sinalizadas. Quem já andou por elas, diz que depois de um ponto ela vira um carrerro no meio do mato.
 Aqui vemos a sombra do mirante.
O calçamento é feito com paralepípedos, onde há um desenho sinalizando os pontos cardeais. Aqui podemos ver o sol se pondo à oeste e nós saindo pelo norte...
Foi muito legal e inusitado. Estávamos sós no local. O vigia deu uma passada por longe para ver quem estava ali e deixou-nos.
Afinal, que critério maluco é esse de deixar a população que mora ali + seus parentes e conhecidos entrarem quando quiserem, inclusive caminharem pela trilha (local de proteção, pois só há mato, não tem piso ou grades ) e os demais brasileiros serem impedidos de visitar o local ?
Fiquei indignado !!!

Raízes (não as vegetais...)

Penso que por detrás de afinidades, existem motivos sabidos e ignorados que o levam a ter certas preferências. Eu, por exemplo, nasci numa fazenda, onde morei até aos 4 anos, indo morar em pequena cidade do interior do Paraná.  A cafeicultura estava em queda e meu pai foi tentar o mercado de trabalho na city.
Quando eu tinha cerca de oito anos, morava a 4km do sítio onde moravam alguns parentes, principalmente minha avó paterna.
Ali, embora em fase adiantada de decadência, tinha uma bela casa de material, herança da cafeicultura praticada pela família do meu pai. Houve uma época que a água era encanada com canos de metal, isso nos anos 50... lá no 'matão'.
Mesmo morando na cidade, eu, com menos de 10 anos ia só para o sítio. Com uma chinela havaiana, shorts e camisa.  Sem mochila; não existia salgadinhos e nem barras de cereais...
Não havia telefone para programar a visita e lembro que uma vez tive que recorrer aos meus tios que viviam perto dali, pois não havia uma viva alma no sítio onde eu fui passar o final de semana. Foram gentis comigo e hospedaram-me.
Nasci ali naquele bairro chamado "Água Feia", município de Jacarezinho, estado do Paraná. Creio que o nome do local deriva do córrego com pouca água, local onde brincávamos muito. Como a água era pouca, dávamos um jeito e represávamos formando uma pequena piscina. Ali, quando conseguíamos cobrir o corpo deitado já era um grande feito.

A casa onde nasci e que mais tarde foi ocupada por um irmão do meu pai, o tio Dalilo e sua esposa a tia Benedita. Dos filhos (meus primos), também moram em Curitiba, o Hugo e a Miriam.
Na foto meu pai segura a uma mula (alguns perguntarão o que é isso, pois só conhecem o cavalo...)  É o cruzamento de égua com burrico (jumento). A mula é um animal forte e usada antigamente para puxar carroça, arado.
Essa chamada Bolívia, meu pai diz que ela era única na região. Ela obedecia ao comando de voz, enquanto que as outras só com as rédeas. Além disso era muito forte; aguentava 30 sacos de café, cada um com 60 kg, o que dá uma carga de 1,8 tonelada. Ela conseguia puxar com muito esforço, mas conseguia.
Meu pai conta que o governo fornecia (emprestava) o jumento e que ele poderia cruzar somente duas vezes na semana, senão... acho que ficaria muito fraco !

Onde a mula está, pode-se ver que existe um calçamento. Esse local era chamado  terreiro de secar café. Já que na fazenda a economia estava baseada no plantio de café. À esquerda da foto existia um tanque para a lavagem dos grãos e em seguida era esparramado nesse terreiro. Era algo bonito de ver. Eles passavam um rastelo sem dente, parecido com um rodinho, mas bem mais largo que servia para mexer e aplainar os grãos.
Ao lado também existia uma "Tuia", que nada mais é do que um depósito de grãos (café, milho ou feijão).  Eu amava subir nos montes de milho. A sensação era mil vezes melhor do que as crianças tem hoje na  piscina de bolinhas.
Eu montei nele pelo menos uma vez... dava medo !
Fumaça era um Touro fornecido pelo governo federal, para melhorar o rebanho brasileiro. Era da raça ZebuGir (já era uma cruza).
Em noites de lua cheia, eles (os bovinos) dormiam próximo da casa.
Como não havia televisão e o rádio funcionava às vezes, saíamos a andar apreciando o luar.
E eu deitava sobre ele... e recostado ali sentia algo muito especial que uma criança guarda para sempre. A interação com o mundo animal.
Muitas histórias para contar desse tempo na Água feia. Esse meu tio que aparece na foto, ainda mora lá próximo. Virou um ermitão .
Assim, as raízes foram crescendo dentro de mim a tal ponto de que com 58 anos, eu amo morar onde estou: próximo da natureza.
Plantando, cuidando, preservando, renovando, vivendo !!!
Quem vive só no 'urbano' fica alheio a muitos detalhes da natureza que Deus nos deu. Mas, também entendo que essas são as raízes dessas pessoas e que sejam felizes onde estiverem.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Besouro verde (não o filme)

Tivemos a visita de um carinha bonitinho... veio alegrar a nossa manhã. Nessa cor eu não lembro de ter visto.



Flores do campo

É a segunda vez que abordo esse tema aqui. Trata-se da sutileza com que nós humanos usamos na aplicação das palavras. Parece que queremos impor conceitos e usamos palavras que dizem a mesma coisa, mas parece que é diferente.
Flores do campo é charmoso, mas se eu dissesse que é Flores do mato... Hum...
Floress silvestres é charmoso, mas do mato...
Flor é flor em qualquer lugar e olha que tem muita coisa bonita por aí, no meio do mato.
Veja as orquídeas... as bromélias...

Estamos em 31/jan/15 e veja uma amostra, daqui da região sul do Brasil. Tem feito bastante calor e a precipitação, apesar de não ser volumosa, tem acontecido com frequência.














Olhar os detalhes da natureza, nos ajuda a sermos mais sensíveis ao que está acontecendo ao nosso redor, principalmente agora no mundo informatizado em que vivemos.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Orquídea - muito pequena (mini)

Gosto de Orquídeas.
É uma planta guerreira, sobrevivente, bela, cheia de encantos.
É o tipo de planta que Deus passou muito tempo da eternidade elaborando-as. Olhe que teve que usar muita criatividade com elas....
As minúsculas são aquelas que a maioria das pessoas não conhece.
As preferidas são as grandes de supermercado. A pessoa gasta um valor razoável e depois tenta reviver a planta dentro de um ambiente que não é apropriado ou pelo menos não chega nem perto de uma estufa, onde ela foi criada.
Tem plantas que levam de quatro a cinco anos, desde o seu nascimento, para florescer; isso, com pouca luz, irrigação controlada e adubação adequada.
Na natureza achamos muitos tipos de orquídeas epífetas (aquelas que vivem no alto, no tronco e galhos de árvores).
Nesse janeiro, tive a oportunidade de apreciar uma delas, num galho de pinheiro Araucária que caiu na estrada. Recolhi o galho para depois usá-lo como lenha na churrasqueira, mas logo vi que ele ia ficar bem quietinho...
começou assim... tímida, mas foi tomando forma...
até desabrochar

Normalmente essas minúsculas exalam perfume adocicado....
Depois da florada, esse galho vai para dentro do bosque (mato) onde vou fixá-lo numa árvore. Ali ela vai poder liberar suas sementes na natureza.

Então, nesse domingo, dia 25-jan/2015 passeava pela mata e dei com esta belezura: