sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Árvores - Curitiba


Quem já leu meu perfil, sabe que resido em Curitiba. Não tenho orgulho por isso, pois o orgulho por esse tipo de coisa, não cabe em mim. Acho isso muito pobre. Jaime Lerner e sua equipe tem um grande crédito sobre Curitiba, pelo trabalho desempenhado desde 1970. A nova geração não conhece esse trabalho estrutural e critica o que não conhece. Aqui no Brasil, ela tem sido chamado de "Capital Ecológica". Creio que foi pelo pioneirismo na coleta seletiva do lixo. Há caminhões específicos para coleta de lixo reciclável e orgânico. Mas, existem outros motivos. O lado verde da cidade; ela tem muitos parques (mato e água), como também muitas árvores de vários tipos plantadas pelas ruas. Algumas nascentes de água, dentro da cidade, são preservadas, o que enche de orgulho essas famílias, onde estão localizadas. Até outro dia, não fui mais até o local, haviam opções de coleta de água para você consumir. Você podia (ou pode) ir com a vasilha, encher e consumir depois. É aqui que está a bacia do rio Iguaçu, que vai proporcionar a "foz do Iguaçu"... Ainda falta uma nova campanha educativa, talvez na escolas, pois a periferia ainda sofre com o "lixinho" jogado na rua. Em frente ao local onde trabalho, todo dia passa um gari com o seu carrinho, varrendo e ensacando o lixo. Isso é muito raro em outras cidades.
Algumas coisas chamam a atenção e eu destaco um pé de Goiaba; isso mesmo: uma goiabeira. Ela está plantada no Largo Baden Powell (escoteiros), entre Mariano Torres/Affonso Camargo/Sete Setembro/Tibagi. Há poucos dias a Prefeitura revitalizou o local, mas com todas as mudanças, as árvores foram mantidas (as principais) juntamente com a pequena Goiabeira. Parabéns ! Não sei se foram os técnicos da Prefeitura ou os "peões" da empreiteira. Vocês sabem, as vezes, nem tudo sai como está no papel.... Como saber ???? Em tempo: em frente ao pé de goiaba, no outro lado da Affonso, na esquina do posto de combustíveis, tem um pé de manga, que graças ao "aquecimento global" já produziu frutos pelo segundo ano consecutivo.... mas nem chegam a madurar e já são consumidas. Notem ao lado da goiabeira, um pé de Pâina(?), ou seja uma Pâineira(?) florida (flor rosa).
atualizado em fev/08 - pois é... cortaram a goiabeira... plantaram grama....

Travesseiro de Milho

Pois é, desde os tempos remotos no Egito onde se usavam travesseiros de pedra (isso mesmo, para não desmanchar o penteado das mulheres), a sociedade vem evoluindo também nesse produto.
Já vi travesseiros de muitos produtos: palha de milho, pluma de Paineira, pena de ganso e de galinha, pluma de ganso, capim, plantas aromáticas, e vai em frente... Látex, Viscoelástica (Nasa), Molas, etc.
Em 2007 recebemos, importado da Itália, um travesseiro "de milho".
Como no interior do Brasil, a palha de milho é muito usada, para vários fins, já imaginei que o tal travesseiro era feito da palha do milho, pois esta última é pura fibra.
Fui enganado pela tradição. A fibra do travesseiro que vem "enroladinha" é produzida a partir de uma pasta (tipo iogurte) da semente. Isso mesmo, do grão de milho.
É algo revolucionário.
Ele é totalmente natural ! A capa é de Percal (100% algodão).
Ele é biodegradável ! Se você, depois de usá-lo pelo tempo necessário, resolver jogá-lo na natureza, ele dissolve-se sem agredir em nada nossa natureza, pois ele veio dela !
É um tipo de travesseiro de toque macio, semelhante ao de pluma de ganso.
Querendo saber mais: http://www.newwind.com.br/index.asp

sábado, 5 de janeiro de 2008

coisas do campo







Tem alguns acontecimentos que você precisa estar presente para saber o que é. Quem tem contato com o "interior", com a área rural, sabe o que estou falando. Na cidade, se eu falar de "Curuira, Arapuá..." creio que vai ser muito difícil alguém saber do que se trata.
Aí estão quatro fotos especiais.
1. A de um ninho de Curuiras (ave muito pequena) feito dentro de uma chaleira de ferro (velha) que estava pendurada na parede de um rancho. Foi um acontecimento muito especial.
2. No nosso sítio tem uma colméia (de abelha) (rara, pelo menos para nossa região-sul Brasil), chamada de Arapuá. Ela é miúda e segundo já me falaram, está em extinção.
3. Já no lago, vivem os patinhos selvagens (creio que três tipos) além de garças que aparecem vez ou outra. Sempre que o tanque é limpo, fazemos questão de deixar árvores e vegetação própria para que sirva de abrigo à essas aves.
4. E para fechar vejam as Hortências ao lado da estrada, que lindo !!! É só plantar que a natureza faz tudo o mais!!!

Carne de Carneiro



A carne de ovino mais apreciada, tem sido a de Cordeiro, pois ela é mais tenra, principalmente para assar o pernil(traseiro) no forno fechado, ou até a palheta(dianteiro). O borrêgo oferece, também, uma ótima carne. Para quem não sabe, esses nomes definem a idade do animal macho, já que a fêmea dificilmente é abatida, uma vez que os sexos aqui tem função diferente. O macho é criado para o abate e a fêmea para reprodução.
Já ouvi muita coisa sobre a carne ter cheiro forte. Você vai à uma churrascaria e lá vem o carneiro... ôpa! Quando vc aproxima a carne da boca, o nariz dá o alarme: não! Está cheirando mal! Já aconteceu com você?
Já deram dica, por exemplo, de não deixar a lâ encostar na carne após aberto o animal e mais algumas outras que não me lembro, agora.
E talvez você já deve ter ouvido sobre a carne do carneiro ser doce. Pois eu nunca entendi isso. Falam sobre deixar a carne de molho, etc. Vamos achar muitos modos diferentes de se preparar uma carne de carneiro, mas a experiência diz que o melhor e mais prático é o nosso velho conhecido: Sal grosso.
Ainda essa semana, assistia ao Richard (Selvagem ao Extremo) na Patagônia (Argentina). Ele teve a felicidade de achar um "gaúchos" que o receberam com muita hospitalidade e advinhem o que eles prepararam? Um carneiro inteiro, que pelas imagens parecia um cordeiro. Dividido em duas partes, cortado pelo dorso, espetado e fincado no chão, com o fogo de madeira ao lado da face de dentro da carne. É aquela forma característica dos povos do sul (Rio Grande, Uruguai e Argentina) tem de assar a carne.
Qual o tempero ? Somente sal grosso.
Existe um detalhe interessante que muitos desconhecem. No quadril do carneiro, existe uma glândula sebácea, que deve ser retirada logo após o animal ter sido abatido. Não quero dizer com isso que sei tudo a respeito, mas isso é um indicativo importante. Porém, acho que mais fundamental nesse negócio de cheiro da carne (e realmente ele corta qualquer vontade em se comê-la), está relacionado com o trato com o filhote até os 30 dias de vida, tão logo "descem" os testículos na bolsa escrotal do animal.
Deve ser colocado o anel de borracha, mantendo os dois testículos presos abaixo. Com a circulação sanguínea cortada, eles "caem", com poucas chances de infecção. É praticamente indolor e causa somente um mal estar no animal. É o mesmo processo que se faz com o rabo, a chamada "descola".
O raciocínio dos testículos tem a ver com hormônios, o que para mim é algo bastante forte na estrutura de um animal e que o afeta em todos os sentidos.
Segue aí duas fotos de uma carcaça já limpa em dois tipos de carne do Texel. Notem a diferença. Quem conhece um carneiro comum, ele tem pouquíssima carne ali sobre as costelas.

Coqueiro e sua florada

No post anterior eu mencionei algumas coisas sobre o Coqueiro; sua postura, sua elegância.... Pois olha como a vida é bela: ao retornar à minha casa, no final do dia (aqui no Brasil estamos em horário de verão), lá pelas 19:30hs, eu vejo ao longe um cacho de flores de um Coqueiro.
Fiquei impressionado!
Distante umas duas quadras, lá estava ele, vistoso sobre os tetos das casas. Eu não poderia perder essa e aí está a fato do belo !!! (Ainda que tenha sofrido a intervenção humana, pois cortaram-lhe as folhas inferiores. Pela planta abaixo, vc percebe que a foto pegou a partir de uns 3 metros).

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Coqueiro / Palmeira


Vindo ao trabalho, hoje pela manhã, passo por uma rua onde foram plantados Coqueiros. É uma rua muito movimentada, onde eles crescem de forma corajosa, enfrentando a presença constante de CO2. Olhando um dos pés, lembrei-me dos coqueiros lá no nosso sítio. Lá, suas folhas já alimentaram as ovelhas em inverno seco e rigoroso. Fixei o olhar bem no caule grosso da parte inferior e veio uma meditação de quão especial é essa palmeira, que por produzir côcos, chama-se Coqueiro. Para aqueles que crêem em Deus, podem ampliar isso, mas olhando humanamente (se é possível, só isso) veja o que envolve sua formação: Primeiro vem o caule, que engrossa a medida que cresce, todo fibroso, sem um único galho. Segundo as folhas que formam uma espécie de ninho de onde brotam as novas, que substituirão aquelas que estão mais abaixo. Isso de forma retilínea, ele vai para o alto vai em busca das estrelas... (raramente ele curva ou tomba, devendo-se ao terreno onde está). Você já viu o cacho de flores que sai na lateral desse ninho ? É lindo !!! E como se divertem os pássaros, com os frutos desse cacho, especialmente os papagaios. Você já viu um coqueiro se vergar diante de uma tempestade ? Ele fica em pé! Valente, corajoso ! Ao sabor do vento sua folhas, todas elas, movimentam-se com especial leveza, muitas vezes acariciadas com a água da chuva. E elas devem apreciar isso, pois não ficam machucadas; elas continuam com o mesmo brilho e verdor. Já vi muito encanamento de água feito com o caule de palmeira! Existem várias espécies; no nosso sítio tem aquele de frutos pequenos. Os grandes são os mais conhecidos; mas eu lembro de um tipo que produz um fruto médio, onde dentro tem uma castanha, quase igual a de avelã. Nesses tempos de desmatamento, será que ainda existe ??? E deve ter muito mais por esse mundo afora.....

Texel


Com a chegada da Internet, as portas do mundo abriram-se. Quem não teve a oportunidade de viajar para terras longínquas, d'além do oceano, "vê com os olhos e lambe com a testa", no ditado mineiro, na tela do monitor. Eu só tenho a agradecer à Deus, pela internet. O material disponível é imenso e deve ficar mais fácil ainda. Assim foi com o Texel; descobri essa raça e também (bem atrasado eu....) descobri um criador na região de São Luis do Purunã, indo de Curitiba para Ponta Grossa. Ele já estava criando cordeiros em confinamento. Pronto: comprei um macho para usar nas ovelhas Suffolk e Ile de France que já tínhamos. Animal de porte expressivo, prometia muito mais carne nos filhotes, não fosse um detalhe. Não tínhamos tido um sequer, caso de ataque por cães ali na nossa propriedade. Mas, o nosso funcionário, não é que arrumou uma cadela Doberman ! Quando ela entrou no cio, atraiu dois grandes cães de uma propriedade vizinha, que soltava os 'bichos' durante a noite. Não preciso contar mais nada. Foi o fim. Ali interrompemos a experiência.

Sulfok - Texel - Dorper, etc.


Já criei a raça Suffolk. Tínhamos numa primeira etapa, algumas fêmeas cedidas por um programa no governo estadual (na época R. Requião), nos anos '80 e '90. Era uma época muito "primitiva". Ainda não tínhamos a internet, por exemplo.... Alguns cursos foram oferecidos pelo esforçado pessoal da Acarpa, hoje Emater. Lembro do Eliseu, técnico da Acarpa.... Ainda tinha criador, principalmente lá no sul, que fazia o corte do rabo com facão e passava spray logo em seguida... uma "barbaridade"... Mas, creio que o sul contribuiu muito, pois eles tem muito mais experiência. Nos anos '80 eles já tinham exposição específica de ovinos... Possuem empresas que beneficiam a lâ (os curtumes), como já tem pioneiros na tecnologia de transferência de embriões. Há ( http://www.cabanhadedoverde.com.br/ ) exemplos muito interessantes. Nessa propriedade (Dedo Verde), o pessoal está incentivando a formação de embriões pela indução via hormônio. Chegam a tirar 10 embriões de uma ovelha escolhida "a dedo". Em laboratório, dividem e escolhem os melhores; parece-me que conseguem cerca de 15 embriões de uma única vez. Em seguida, inserem esses embriões em fêmeas da raça Lacaune Lait, que produzem bastante leite, dando ao filhote a garantia certa de alimento. Não sei se há, no Brasil, mais gente com essa tecnologia, mas sem dúvida, está de parabéns o pessoal da "Dedo Verde".

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Trabalho na produção rural

O Brasil caminha a passos lentos, no seu desenvolvimento da produção no campo. Ouvimos falar basicamente sobre produção de soja, aves, bovinos e suínos. Essa produção, a meu ver, está associada ao grande produtor, o que aliena o pequeno, obrigando-o a "vender" o seu pedaço de terra, e a um êxodo em que ele vai ajudar a "inchar" as grande cidades, oferecendo ali a sua mão-de-obra como prestador de serviço e não mais como produtor de bens de consumo. Ali ele vai viver com saudades do campo. Assim é comigo. Suspiros....
O mundo caminha para uma carência de alimento; nosso governo brasileiro tem sido uma lástima. Um verdadeiro des-governo, histórico. Não é só agora na época do L.I.Lula da Silva (2002 a 2010); agora é continuísmo, com uma inexpressão sem igual. Não temos infra-estrutura para armazenar e para escoar a produção. Não há qualquer planejamento para 1, 3, 5, 10, 20 ou 30 anos. Nada..... Quem está disposto ? Quem tem feito algo nessa direção ??? Quem sabe de algo ??? Compartilhe conosco!